sábado, 29 de outubro de 2011

LADRÃO DE CASACA

Ladrão de casaca
Que se mete em trapaças
Tem que ser preso com tapas

Preso como todo e qualquer vadio
Tratado com arredio
Sem proteção, sem padrinho
Jogado lá no cantinho

Por que foi-lhe dado confiança
Para cuidar das finanças
Não suporta a ganancia
Mete mão na poupança

DURA LEX, SED LEX

Na lógica, a palavra ladrão é universal. Roubo, furto, desvio,fraudes seja por dutos, cuecas, caixa dois, pasta preta, laranja, lavagem tudo é subtração do alheio. Em outra linguagem a popular "ladroagem". Porém, quanto ao critério de julgamento é unilateral. Porque vai se depender da região, das leis de cada país, das desigualdades sociais etc.
É aí então que somos chamados para refletir:
Porque tanta discrepância? Num país que se diz que todos são iguais perante a lei? Fica a pergunta! Será que somos mesmo? Senão vejamos ladrões de leite em supermercado, de galinha, de roupas em varais, logo são presos algemados quando não se usa a violência que é raro  trancafiados, aguardam pela sensibilidade de alguém para pagar fiança e advogado para liberação. Enquanto que ladrões de casaca de colarinho branco são convidados a comparecer na delegacia para depor, abre-se CPI, responde em liberdade e tudo acaba em pizza porque o processo é arquivado por falta de prova. País justo se faz com equidade, imparcialidade e rigorosidade para aqueles que cometem delitos. A impunidade e a brandura como são tratados os mais bem pagos e com melhor poder aquisitivo é que está comprometendo a nação, tornando-a violenta e injusta.
Dura lex, sed lex!
A lei é dura, mas é a lei vamos aplicá-la a todos  sem exceção.
O privilégio gera injustiça e consequentemente revolta e violência essa é a raiz de todos os males que estamos vivendo.  

Obs.: (Artigo colocado no Jornal "A TARDE" de Salvador-Bahia. No Espaço do Leitor, em 24/09/2008.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

QUE TEMPOS, QUE COSTUMES!


 QUE TEMPOS, QUE COSTUMES!  

Em meus momentos de reflexão, fico a recordar das minhas lições escolares que Cícero ao notar a decadência de Roma exclamou: “Que tempos, que costumes”! Pero Vaz de Caminha escreveu a Portugal dando conta que o Brasil era uma terra de solo rico e fértil, que aqui se plantando tudo dava, Gonçalves Dias cantou em prosa e verso que no “Brasil tinha palmeiras onde cantava o sabiá”, Olavo Bilac recomendou “ama menino com orgulho a terra em que nasceste”, pois não haverá nenhum país como este!

Hoje ao assistir através da imprensa escrita, falada e televisionada o noticiário sobre o Brasil, faço minhas as palavras de Cícero “QUE TEMPOS, QUE COSTUMES”! O que fizeram com o nosso Brasil durante estes anos?E com o nosso solo fértil o que nós plantamos? Mazelas que se espalharam como praga, moléstia, mancha de reputação, deixando o Brasil sobre o aspecto moral falido, citamos como exemplo as escolas públicas, a Crackolândia. E os escândalos de malversação do dinheiro público denunciados diariamente.
 A população está doente, abarrotando os hospitais, escândalos todos os dias, denuncias de corrupção, até parece que não existe mais ninguém honesto nesta nação, seqüestros, assaltos a bancos, violência contra mulher, idosos, crianças, homofobia, músicas censuráveis, tráfico de drogas, até o nosso futebol que era alegria do povo está sob controle do capitalismo temido devido a violência das torcidas, jogadores negociados como escravos em mercado tornando o futebol impraticável como lazer ,devido ao alto preço dos ingressos para custear transações bilionárias e pasmem os senhores! Os poderes legislativo, executivo, judiciário e até os Ministérios estão sobre suspeitas, é o caos e caos é prenúncio de mudanças.
Então precisamos rever nossas práticas, mudar nossas leis, os políticos a educação e clamar aos céus Oh! Céus ó Deus!  Pedir, a Virgem Maria rogai por nós para que ilumine e levante esse país que vive adormecido em berço esplêndido desde o dia que Osório Duque Estrada compôs o Hino Nacional que a população acorde, levante, tome atitudes, cobre o cumprimento das leis, fiscalize saia do obscurantismo, para que mudanças urgentes aconteçam para salvar nossa pátria.
Que o governo da nossa presidenta Dilma Roussef promova a educação em todos os níveis e escala, pois, é a única ferramenta capaz de trazer modificações revertendo esse quadro de bancarrota que chegou nossa pátria.
   



Ivanise Sena
Salvador - Bahia

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Somos

Somos Mártires
Dos Encartes
Dos Remakes
Do Merchandising
Do Telemarketing

Somos presa
Da cerveja
Do salário
Da despesa
Da peleja
Do diabo
Com a igreja

Somos vitímas
Dos estigmas
Dos dogmas
Dos dobermans
Das fraudes
E das drogas

Somos escravos
Dos tratados
Dos pecados
Das novelas
Em nossa casa

Somos o sumo
O consumo
O resumo
O lixo
O vício
O hospício