Na lógica, a palavra ladrão é universal. Roubo, furto, desvio,fraudes seja por dutos, cuecas, caixa dois, pasta preta, laranja, lavagem tudo é subtração do alheio. Em outra linguagem a popular "ladroagem". Porém, quanto ao critério de julgamento é unilateral. Porque vai se depender da região, das leis de cada país, das desigualdades sociais etc.
É aí então que somos chamados para refletir:
Porque tanta discrepância? Num país que se diz que todos são iguais perante a lei? Fica a pergunta! Será que somos mesmo? Senão vejamos ladrões de leite em supermercado, de galinha, de roupas em varais, logo são presos algemados quando não se usa a violência que é raro trancafiados, aguardam pela sensibilidade de alguém para pagar fiança e advogado para liberação. Enquanto que ladrões de casaca de colarinho branco são convidados a comparecer na delegacia para depor, abre-se CPI, responde em liberdade e tudo acaba em pizza porque o processo é arquivado por falta de prova. País justo se faz com equidade, imparcialidade e rigorosidade para aqueles que cometem delitos. A impunidade e a brandura como são tratados os mais bem pagos e com melhor poder aquisitivo é que está comprometendo a nação, tornando-a violenta e injusta.
Dura lex, sed lex!
A lei é dura, mas é a lei vamos aplicá-la a todos sem exceção.
O privilégio gera injustiça e consequentemente revolta e violência essa é a raiz de todos os males que estamos vivendo.
Obs.: (Artigo colocado no Jornal "A TARDE" de Salvador-Bahia. No Espaço do Leitor, em 24/09/2008.